domingo, 10 de julho de 2016

Somos tantos, tantos cavaleiros, tantos apocalipses


Recebi esse depoimento do poeta Ed Santana, após finalizar a leitura de Diário de um mano, e quero compartilhar com todos vocês!


É o Cassiano, mas poderia ser você ou mesmo eu.
E, inclusive, foi eu, em muitas páginas, em muitas lágrimas.
Eu fui Cassiano, em cada moeda contada,
Em cada dor, em cada cochilo no busão,
Em cada esquina sem rumo, em cada fracasso,
Em cada aula cabulada, em cada festa,
Em cada conquista,
Em cada momento sublime de felicidade...
Cassianos andam por aí,
Cassianos sofrem por aí,
Cassianos sonham por aí.
São tantos, que se entulham.
Cada um com sua caneta real, ou sua caneta imaginária,
Traçando e contando histórias, as suas histórias, as nossas histórias.
Somos tantos!
Tantos cavaleiros, tantos apocalipses.
Em cada periferia, em cada canto isolado,
Há milhares de Cassianos sonhando, pois as coisas ruins começam a acontecer quando os sonhos deixam de existir.

(Ed Santana, o Cassiano que sou)

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