sexta-feira, 7 de março de 2008

Bom dia mano, bom dia Jardim das Rosas.

Olá, amigo!

Sou Cassiano, um mano de fé que vai contar a sua história! Moro no Jardim das Rosas, e é daqui que também irei narrar uma emocionante história.
O que se passa na mente dos jovens da periferia?
As revoltas, os sonhos impossíveis, a descoberta do mundo por duros caminhos das palavras, e a destruição do dia-a-dia.

Sou filho de uma geração que me julga incapaz de assumir meus próprios erros, subjugando meus atos e minhas decisões. Sobrevivendo num meio violento e enxergando a parte boa da história vou trilhando meu caminho.
Essa história é dedicada aos muitos jovens que tiveram suas vidas destruídas, dando inspiração aos muitos versos que nasceram.
Meus amigos se tornaram personagens de contos violentos que servem de exemplo. A história da minha vida se parece com a de muitos jovens do mundo, e disso não posso me orgulhar. Tenho aventuras, romances, tragédias e um final como o de alguns jovens. Mas esse, você, meu caro leitor, só vai descobrir quando ler até o fim a história do “maravilhoso” Jardim das Rosas...
Aqui, os versos vão nascendo em nossas mentes, dando vida às situações do dia-a-dia. Declaramos nossas angústias e as injustiças pelas quais somos obrigados a passar. Alguns desses versos se transformam em rap, a nossa música raiz, a música que a nova geração nasce ouvindo, nossa poesia ritmada, nosso cotidiano escrito linha após linha. Alguns dizem música de ladrão, outros para mentes vazias. O rap é nossa música de conscientização, que alerta sobre as crueldades que o amigo sofre e não nos deixa esquecer como é difícil o nosso cotidiano; É nossa prece, nosso pedido aos céus para que tudo mude um dia...

“É tanta desigualdade, mas eu tenho fé.
Olhai, senhor, esse povo sofrido...”

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